sexta-feira, 16 de maio de 2014

2 dias de greve. Mas com força o suficiente para fazer a prefeitura ceder

Na última terça-feira, 13 de maio, aniversário de Camaragibe, os servidores municipais entraram em greve, conforme deliberação da assembleia, na semana anterior. Uma greve em que segundo a orientação da direção sindical, se deu com o caráter de ocupação e o expediente foi dado dentro da prefeitura. Guardas, Técnicos de Enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde, Professores, Auxiliares Administrativos, etc. compareceram com força para reivindicar do governo Jorge Alexandre, a pauta de reivindicações que desde o início da gestão tucana vem sendo negligenciada.

Com cobertura completa da imprensa, rádio, portais de notícia, TV’s, os servidores mostraram força na mobilização e colocaram o governo contra a parede. A exigência se fez pela implementação do reajuste salarial, negado nos anos de 2013 e 2014, mais a aplicação imediata dos Planos de Carreiras das diversas categorias.

Tanto no primeiro, quanto no segundo dia de paralisação, a disposição do movimento se apresentou ao ponto de fechar por diversas vezes a Rua Belmino Correia, em frente à prefeitura, bloqueando o trânsito. Encurralado, Jorge Alexandre teve de receber os grevistas e durante a negociação viu que o clima não era de revolta. Chegou há pedir 30 dias para avaliação das reivindicações o que foi rechaçado pelos trabalhadores e não teve alternativa se não ceder.


O prefeito anunciou o reajuste de 6,7% nos salários dos servidores, a partir de maio e a formação de comissões para tocar a aplicação das leis 504 – 505 – 506 e 508. Com essa sinalização, em assembleia na manhã de ontem (15), os servidores optaram por suspender a greve, porém se mantendo mobilizados em estado de greve. O entendimento é de que “não há como confiar na gestão, enquanto não for visualizado que de fato essas comissões irão funcionar, para aplicação das leis imediatamente”, indaga o sindicato. O prazo que a categoria estipula para essa avaliação é até a próxima assembleia, agendada para o dia 6 de junho, onde caso não haja avanços retomarão com a greve. 

Reunião das Comissões

A primeira reunião dessas comissões está agendada para o dia 22 de maio, estarão compondo a mesa, além do sindicato, as secretarias de Administração e Educação. Na pauta, o debate se dará pelo comprimento integral da lei 508, enquadramento por 5% entre as faixas da carreira e titulação; cumprimento das leis 504, 505 e 506, com enquadramento horizontal, pagamento da insalubridade, gratificação de produção para os servidores da Cootrim, Defesa Civil e outros, pagamento de férias e horas extras atrasadas, além da implementação de uma lei que regulamente a concessão de Vales Transportes, incluído os servidores que moram fora da Região Metropolitana do Recife, sendo estes entregues até o último dia do mês. Outra demanda diz respeito à cobrança pela redução do número de Cargos de Confiança e Contratos, pelo fortalecimento da carreira de serviço público.

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