Na última terça-feira, 13 de maio, aniversário de Camaragibe,
os servidores municipais entraram em greve, conforme deliberação da assembleia,
na semana anterior. Uma greve em que segundo a orientação da direção sindical,
se deu com o caráter de ocupação e o expediente foi dado dentro da prefeitura.
Guardas, Técnicos de Enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde, Professores, Auxiliares
Administrativos, etc. compareceram com força para reivindicar do governo Jorge
Alexandre, a pauta de reivindicações que desde o início da gestão tucana vem
sendo negligenciada.
Com cobertura completa da imprensa, rádio, portais de notícia,
TV’s, os servidores mostraram força na mobilização e colocaram o governo contra
a parede. A exigência se fez pela implementação do reajuste salarial, negado
nos anos de 2013 e 2014, mais a aplicação imediata dos Planos de Carreiras das
diversas categorias.
Tanto no primeiro, quanto no segundo dia de paralisação, a
disposição do movimento se apresentou ao ponto de fechar por diversas vezes a
Rua Belmino Correia, em frente à prefeitura, bloqueando o trânsito. Encurralado, Jorge Alexandre teve de receber os grevistas e durante a negociação
viu que o clima não era de revolta. Chegou há pedir 30 dias para avaliação das
reivindicações o que foi rechaçado pelos trabalhadores e não teve alternativa
se não ceder.
O prefeito anunciou o reajuste de 6,7% nos salários dos
servidores, a partir de maio e a formação de comissões para tocar a aplicação das leis 504 – 505 –
506 e 508. Com essa sinalização, em assembleia na manhã de ontem (15), os
servidores optaram por suspender a greve, porém se mantendo mobilizados em
estado de greve. O entendimento é de que “não há como confiar na gestão,
enquanto não for visualizado que de fato essas comissões irão funcionar, para
aplicação das leis imediatamente”, indaga o sindicato. O prazo que a categoria
estipula para essa avaliação é até a próxima assembleia, agendada para o dia 6
de junho, onde caso não haja avanços retomarão com a greve.
Reunião das Comissões
A
primeira reunião dessas comissões está agendada para o dia 22 de maio, estarão
compondo a mesa, além do sindicato, as secretarias de Administração e Educação.
Na pauta, o debate se dará pelo comprimento integral da lei 508, enquadramento
por 5% entre as faixas da carreira e titulação; cumprimento das leis 504, 505 e
506, com enquadramento horizontal, pagamento da insalubridade, gratificação de
produção para os servidores da Cootrim, Defesa Civil e outros, pagamento de
férias e horas extras atrasadas, além da implementação de uma lei que
regulamente a concessão de Vales Transportes, incluído os servidores que moram
fora da Região Metropolitana do Recife, sendo estes entregues até o último dia
do mês. Outra demanda diz respeito à cobrança pela redução do número de Cargos
de Confiança e Contratos, pelo fortalecimento da carreira de serviço público.
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